
Entidade denuncia uso indevido de sua identidade institucional e alerta que documentos desse tipo são falsos
O Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras (CPP) divulga, nesta segunda-feira (1º), nota pública para esclarecer que não tem, nunca teve e não pode ter atribuição de emitir declarações que atestem formalmente a atividade de pescadores e pescadoras artesanais. A manifestação ocorre após ter conhecimento de um documento, datado de 2022, que usava indevidamente a logomarca e a linguagem institucional do CPP, além de citar equivocadamente uma “Comissão Episcopal da Pastoral da Pesca (CNBB)”, nomenclatura que nunca correspondeu ao CPP.
De acordo com a nota, o documento em questão ainda trazia a assinatura de um bispo que jamais integrou a coordenação ou presidência do CPP, o que reforça a suspeita de falsificação. O bispo já foi comunicado oficialmente sobre o uso indevido de seu nome. A pastoral destaca que sua missão é fortalecer a organização popular, denunciar violações de direitos e lutar por políticas públicas para a pesca artesanal, e não emitir reconhecimentos formais de atividade profissional.
NOTA PÚBLICA | CPP NÃO EMITE DECLARAÇÃO DE ATIVIDADE DE PESCA ARTESANAL
O Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras (CPP) vem a público esclarecer que não é, nunca foi e não pode ser responsável pela emissão de declarações que atestem ou reconheçam formalmente se uma pessoa é pescador ou pescadora artesanal.
Chegou ao conhecimento do CPP um documento, datado de 2022, que utiliza indevidamente nossa logomarca, linguagem institucional e atribui a autoria à chamada “Comissão Episcopal da Pastoral da Pesca (CNBB)”, nome que nunca correspondeu à identidade ou à estrutura oficial do CPP. O referido documento declara o exercício da pesca artesanal por uma cidadã e traz a assinatura de um bispo que nunca integrou a coordenação ou presidência do CPP, o que levanta suspeitas quanto à veracidade da assinatura e do próprio documento. O bispo em questão já foi comunicado oficialmente por nossa equipe sobre o uso indevido de seu nome e assinatura.
Reiteramos com veemência que a emissão de documentos que reconhecem a atividade profissional da pesca artesanal não é, nem nunca foi, atribuição do CPP, conforme estabelecem nossos estatutos, missão pastoral e princípios de atuação. Estamos presentes nas comunidades para fortalecer a organização popular, denunciar violações de direitos e lutar por políticas públicas justas e eficazes para a pesca artesanal.
Pedimos que qualquer pessoa ou entidade que receba ou tenha conhecimento de documentos semelhantes entre em contato com o CPP Nacional para esclarecimentos e medidas cabíveis.
Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras – CPP
Dom José Altevir da Silva
Presidente Nacional do CPP e bispo da Prelazia de Tefé (AM)